Projectos de gás no Golfo e em outros países regionais aumentarão a capacidade total de exportação de gás natural liquefeito (GNL) árabe para seu nível mais alto de cerca de 192 milhões de toneladas em 2027, relata uma autoridade de energia árabe, segundo avançou o portal zawya.
A capacidade é estimada em cerca de 110 milhões de toneladas por ano e a maior parte do aumento projectado virá do Qatar, Omã e Emirados Árabes Unidos, disse Jamal Loughani, secretário-geral da Organização Árabe de Energia (AEG), sediada no Kuwait.
Loughani, citado pelo boletim mensal da AEG publicado esta semana, observou que os principais projectos de GNL na região incluem expansões no Qatar, o projecto Ruwais LNG de 9,6 milhões de toneladas em Abu Dhabi e o Marsa LNG de Omã, uma joint venture sediada em Sohar entre a francesa TotalEnergies e a OQ (Oman Oil).
“Os projectos dos Emirados Árabes Unidos e Omã, além das expansões no Qatar e na Mauritânia, aumentarão a capacidade de exportação de GNL árabe em quase 40%, para 192 milhões de toneladas em 2027… isso naturalmente aumentará a participação árabe no mercado global de GNL”, disse ele.
Ele observou que as exportações árabes de GNL se recuperaram ligeiramente no primeiro trimestre de 2025, após um declínio de cerca de 3,4 milhões de toneladas em 2024 devido a uma queda acentuada nos suprimentos do Egipto e da Argélia.
De cerca de 112 milhões de toneladas em 2023, as exportações totais de GNL árabe caíram quase 3%, para cerca de 108,6 milhões de toneladas em 2024, disse ele.
O Qatar, que controla o terceiro maior depósito comprovado de gás do mundo, depois da Rússia e do Irã, está aumentando sua capacidade de exportação de 77 milhões de toneladas em 85%, para quase 142 milhões de toneladas em 2030, um aumento de 65 toneladas por ano em relação aos projectos em seu gigantesco Campo Norte offshore.
As reservas comprovadas de gás natural do Qatar eram de cerca de 23,8 milhão de biliões de metros cúbicos no final de 2024, concentradas principalmente no Campo Norte, de 6.000 km².
