
O governante falava durante a 26ª sessão do Conselho da Família, realizada na cidade do Huambo, que congregou membros do Governo, académicos, religiosos, autoridades tradicionais, representantes dos órgãos de Defesa, Segurança, Ordem Interna e da Justiça, segundo avançou o portal Angola Press.
No seu discurso, o destacou que os projectos de estabilização familiar estão inseridos no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e nos programas de combate à pobreza, de Acção Social e Valorização das Famílias e “Votoka Mamã Zungueiras”, este último dedicado às vendedoras informais.
Pereira Alfredo reforçou o compromisso do Governo na implementação de políticas públicas que priorizem a construção e reabilitação de infra-estruturas sociais e económicas, o fomento ao bem-estar, a geração de emprego, o empreendedorismo, a melhoria da educação e a expansão do sistema de comunicação.
Por isso, apelou aos administradores municipais a integrarem, nos seus planos, acções que visem mitigar os desafios enfrentados pelas famílias, com particular atenção à retirada de crianças das ruas, fenómeno crescente nos centros urbanos.
O governante defendeu a adopção de medidas persuasivas que estimulem a responsabilidade familiar.
Exortou o rigoroso cumprimento da legislação sobre a família e a celeridade nos processos judiciais, tendo revelado que, de Janeiro à presente data, foram registados 350 casos de abandono paternal na província.
Sublinhou que o Plano de Desenvolvimento Provincial 2022-2027 reconhece o papel central das famílias na execução de projectos sociais e económicos, em alinhamento com a Agenda 2030 das Nações Unidas, que preconiza o acesso aos recursos e aos serviços.
Por sua vez, a directora do Gabinete Provincial da Acção Social, Família e Igualdade de Género, Maria de Fátima Cawewe, informou que foram realizadas, nos primeiros quatro meses do corrente ano, campanhas de sensibilização sobre gravidez precoce, prevenção de casamentos infantis, planeamento familiar e doenças sexualmente transmissíveis.
Referiu ainda a criação de 115 gabinetes psico-pedagógicos nos municípios do Huambo, Caála, Bailundo, Mungo, Ucuma, Ecunha, Cachiungo, Alto-Hama e Londuimbali, que atendem diariamente entre sete a oito casos de saturação emocional, com maior incidência entre estudantes e professores.