
A produção de petróleo do Cazaquistão caiu nas duas primeiras semanas de abril em relação à média de março, mas ainda está acima da cota da OPEP+ que o país prometeu atingir após meses de superprodução, disse uma fonte do setor à Reuters, segundo avançou o portal zawya.
A produção de petróleo bruto do país da Ásia Central, excluindo condensado de gás, caiu 3% entre 1 e 13 de abril em relação à média de março, para cerca de 1,82 milhão de barris por dia, devido a uma redução no campo de Tengiz, liderado pela Chevron, disse a fonte, falando sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.
O Cazaquistão, um dos 10 maiores produtores de petróleo, tem ultrapassado persistentemente as cotas estabelecidas pela OPEP+, uma aliança entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros produtores liderados pela Rússia, o que gerou reclamações de outros membros do grupo.
O declínio ainda deixa a produção do Cazaquistão a caminho de exceder sua cota da OPEP+ de 1,473 milhão de bpd para abril.
O Ministério da Energia disse na quinta-feira que o Cazaquistão excedeu sua quota da OPEP+ em março, mas cumpriria seus compromissos em abril e compensaria parcialmente a superprodução anterior, de acordo com a agência de notícias Interfax.
Várias grandes empresas petrolíferas ocidentais, como Chevron, Shell, ExxonMobil, TotalEnergies e Eni, atuam no Cazaquistão.
O aumento da produção no campo petrolífero de Tengiz, liderado pela Chevron, o maior do Cazaquistão, foi o principal contribuinte para o aumento geral da produção de petróleo do país.
A fonte disse que a produção diária em Tengiz caiu de 1 a 13 de abril para 111.000 toneladas métricas (884.000 barris), ante a média de março de 119.340 toneladas (950.000 barris).
A Chevron não quis comentar de imediato. O Ministério da Energia do Cazaquistão não respondeu a um pedido de comentário.
O Cazaquistão também enfrentou desafios na exportação de petróleo, já que o oleoduto principal, operado pelo Caspian Pipeline Consortium, foi alvo de ataques de drones e disputas por equipamentos terminais no porto russo de Novorosssiisk, no Mar Negro.
A Rússia disse que uma estação de bombeamento do CPC no sul do país foi atacada por um drone ucraniano em fevereiro, enquanto em março, um depósito de petróleo próximo foi incendiado também após um suposto ataque de um drone ucraniano.
A Rússia também restringiu a capacidade de exportação da CPC no Mar Negro, que foi parcialmente restaurada na semana passada.
O Cazaquistão afirmou que as exportações de petróleo pelo oleoduto CPC têm se mantido praticamente estáveis.